Sentar na cadeira em frente ao computador por horas a fio, andar com salto alto, segurar o filho no colo, se acomodar no sofá ou na cama. Reparou em como você se comporta nas pequenas atividades do cotidiano? Normalmente a coluna é mal tratada.
A técnica é baseada em seis posturas específicas que têm como foco o alongamento muscular, o trabalho respiratório e o fortalecimento de músculos fundamentais para a melhora do alinhamento postural. Cada uma delas dura normalmente 20 minutos, em sessões de 1 hora. A roupa deve ser leve, geralmente duas peças – biquíni ou top e shorts. Não é necessário o uso do tênis.
A atenção não é voltada apenas à correção da postura e ao fortalecimento dos músculos, mas também à respiração adequada. Deitado, sentado ou em pé, o paciente deve ter participação ativa durante o tratamento e o que foi trabalhado na sessão deverá ser levado para além das paredes do consultório. Chega às atitudes no dia-a-dia.
Segundo Clóris Regina Canto, fisioterapeuta assistencial do Centro de Reabilitação Einstein, a consciência corporal é envolvida no processo. A pessoa tem que sair do consultório e levar o que aprendeu para as atividades dela. “Esse vai ser o sucesso: conseguir uma boa postura, um bom alinhamento. É preciso aplicar o que aprendeu: na rotina, quando se fica sentado por oito horas em frente ao computador”, explica.
Não existe limite de idade para utilizar essa técnica. De crianças a idosos, todos podem ser tratados, desde que o médico tenha recomendado. A RPG não ajuda apenas a tratar as dores. Também pode ser uma ótima aliada na hora de prevenir. A ideia é a mesma: ensinar a posição adequada.
Reconhecer uma grande alteração postural – que pode causar danos articulados no futuro. “Se a mãe ou outro familiar perceber alguma alteração na postura da criança ou se há histórico familiar, é interessante conversar com um médico sobre o encaminhamento para avaliação de RPG. Assim é possível tratar a criança precocemente e evitar que tenha problemas de postura no futuro”, explica Lucimara Franciscone Oliveira, fisioterapeuta assistencial do Einstein.
É preciso aplicar o que aprendeu: na rotina, quando se fica sentado por oito horas em frente ao computador
Passo-a-passo
A primeira sessão é direcionada a entender o histórico do paciente, ou seja, conhecer seus costumes e hobbies e realizar a avaliação postural. Os objetivos de quem procura o tratamento são levados em conta: alívio da dor, alinhamento da postura, prática de atividades físicas sem dor, bem-estar e ganho de flexibilidade muscular. “Atendemos aquele que vai esquiar ou o que quer que a dor cesse. Temos que conhecer seus hábitos de vida”, esclarece Lucimara.
A partir da segunda sessão são indicadas as posturas para determinada queixa. São as mesmas para todos os pacientes. Entretanto, dependendo do diagnóstico, o foco é mais acentuado em algumas delas. De acordo com Clóris, existem dois grandes grupos musculares: o posterior e o anterior. Para cada um deles há exercícios diferentes. “Começamos sem carga e evoluímos, quando o alongamento é maior”, afirma.
Os resultados geralmente aparecem depois da décima sessão sendo que, em alguns casos, esse número é suficiente. Após o término do atendimento, o paciente deve continuar fazendo os exercícios aprendidos e tomar conta para que a coluna esteja sempre ereta.
No Einstein, a RPG começou em meados de 1994. O paciente só pode iniciar suas atividades com solicitação médica. A sessão é de uma hora, com tempo para trocar de roupa e se acomodar. A pessoa tem a possibilidade de utilizar mais do que a maca em que faz os exercícios. Quando necessário, após a sessão de RPG, o paciente é encaminhado para equipamentos de musculação da academia do Centro de Reabilitação.
“O atendimento é personalizado. Temos uma estrutura que vai além das quatro paredes, por exemplo, para orientar o paciente a como agir durante a atividade física”, salienta Clóris.
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