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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Aedes aegypti: conheça-o e evite-o

O Brasil está preocupado com o zika vírus e seu potencial patogênico. Autoridades de saúde externam uma correta posição cautelosa ante o desconhecimento científico que (ainda) cerca este agente infeccioso e seus efeitos no organismo humano.

As redes sociais, por outro lado, repercutem e compartilham as mais variadas e contraditórias informações, procurando, cada uma, ganhar credibilidade científica das formas mais imaginativas possíveis. Todas, claro, garantido que a sua fonte é “quente”, segura e confiável.

Boatos e mais boatos. Muita informação real mesclada com desinformação. E as pessoas que, com razão, buscam atualizações seguras, ficam perdidas no meio de tantas notícias.

Fato é que esta é, no mundo, a primeira grande epidemia de zika vírus com este enorme e preocupante número de recém-nascidos afetados com microcefalia. Cientistas e pesquisadores estão estudando e procurando entender quem é esse vírus e seu potencial para causar doenças. Não há ainda respostas para tantas perguntas. Por isso a cautela é necessária.

Mas temos suficientes informações sobre um agente fundamental nesta cadeia de transmissão: o Aedes aegypti, que é o mosquito vetor. Este mosquito é conhecido dos brasileiros desde o início do século passado. Já foi extirpado das nossas cidades, mas com urbanização caótica e desorganizada voltou com tudo. Hoje está espalhado por todo o território nacional e é capaz de transmitir 4 vírus: febre amarela, dengue, chikungunya e o zika.

Se um extraterrestre chegasse aqui e procurasse entender este mosquito, afirmaria ser IMPOSSÍVEL que um organismo minúsculo e frágil como este pudesse causar tamanho transtorno, matando pessoas ou as deixando com sequelas para o resto da vida.

Vamos entender. Deixamos água empoçada, onde a fêmea deposita seus ovos, que viram larvas e depois mosquitos adultos. Quem pica as pessoas é a fêmea. Uma fêmea é capaz de picar, em média, 300 pessoas durante sua vida. Quanto tempo dura a vida deste mosquito? APENAS 45 dias. Isso significa que neste período ela tem que picar alguém contaminado. Depois deve picar outra pessoa suscetível. Nesta picada é que inocula o vírus que carregou. Detalhe importante: a autonomia de voo do Aedes é muito pequena: APENAS de 50 a 100 metros ao redor de onde nasceu.

Juntando tudo, parece impossível: um mosquito que voa num raio de APENAS de 50-100 metros ao redor de onde nasceu e que vive APENAS 45 dias tem que picar, neste período, uma pessoa contaminada para então passar para outras 300 pessoas, que é o número de picadas que dá ao longo de sua curta vida.

É o que está acontecendo em todo o território nacional.

Portanto, até que especialistas nos forneçam informações seguras e corretas, cientificamente embasadas sobre o comportamento do Zika, o melhor é nos precavermos das picadas do Aedes. Este “inimigo” conhecemos bem. Portanto:

JAMAIS deixe água estocada em casa. Veja se os seus vizinhos estão colaborativos e também conscientes. Verifique espaços públicos perto de sua casa. Avise as autoridades competentes, caso necessário. Exerça seus direitos de cidadão.

Coloque telas de proteção em portas e janelas da sua casa. Mosquiteiros nas camas e, principalmente, nos berços dos bebês.

Use repelentes à base de icaridina, que é o mais seguro e eficaz.

Eliminar o Aedes aegypti significa diminuir radicalmente o número de pessoas infectadas e doentes, com todas as complicações, mortalidade ou sequelas por dengue, febre amarela, chikungunya e zika. Faça sua parte.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Saúde

Zika: saiba quais os repelentes mais indicados contra o mosquito Aedes aegypti

Criado em 05/12/15 14h48 e atualizado em 08/12/15 18h19
Por Fernanda Duarte* Fonte:Portal EBC

Com a epidemia de dengue e o crescente número de casos de microcefalia associada a ocorrência do zika vírus, muitas pessoas, incluindo gestantes, têm recorrido ao uso de repelentes para tentar se proteger das picadas do Aedes aegypt, mosquito transmissor dessas doenças, acatando recomendação feita pelo Ministério da Saúde.
Contudo, nem todo repelente pode ser usado por crianças e grávidas. Além disso, os vários tipos do produto possuem tempo de ação diferentes, o que pode comprometer a eficácia da proteção se esse detalhe não for observado ou ocasionar outros problemas de saúde, alerta o infectologista brasiliense, Edwin Antonio Solorzano Castillo.

Aedes aegypt, o mosquito transmissor da dengue, também hospeda o Zika Virus
Creative Commons - CC BY 3.0 - Aedes aegypt, o mosquito transmissor da dengue, também hospeda o Zika Virus

De acordo com ele, o ideal é que as gestantes procurem orientação médica antes de fazerem uso desse tipo de produto. “Além de indicar qual o melhor repelente, o médico que acompanha a gravidez pode fornecer informações seguras sobre o risco que doenças como a dengue e a zika podem oferecer à gestação”, afirma.
Também as mães com filhos pequenos não devem fazer uso de repelentes em crianças pequenas sem prescrição médica. “Crianças abaixo de dois anos são muito sensíveis. Somente o pediatra que acompanha o bebê pode dizer se o uso de repelente é indicado ou não para o caso”, ressalta Castillo.
Um outro ponto que o médico levanta é o uso indiscriminado do repelente. Segundo ele, a utilização desregrada do produto pode trazer sérios problemas à saúde. “É preciso seguir as indicações de uso do fabricante. Passar o produto mais vezes que o necessário pode trazer complicações à saúde em vez de protegê-la”, diz. Ele também adverte para que as pessoas não usem no corpo receitas caseiras para repelir o mosquito.

Tipos de repelente

São três os princípios ativos dos repelentes comercializados no Brasil aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)*. Os produtos também diferem quanto à indicação de uso e  duração de proteção. Confira abaixo quais são eles.
IR3535: o uso tópico de repelentes a base de Ethyl butylacetylaminopropionate (EBAAP) é tido como seguro para gestantes, sendo indicado, inclusive, para crianças de seis meses a dois anos, mediante orientação de um pediatra. A duração da ação dos repelentes que usam esse princípio ativo, como a loção antimosquito Johnson’s, entretanto, é curta e precisa ser reaplicado a cada duas horas.
DEET: apesar do uso tópico de repelentes a base de dietiltoluamida ser considerado seguro em gestantes, o produto não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos. Já para crianças entre 2 e 12 anos, a concentração do princípio ativo deve ser de no máximo 10% e a aplicação deve ser feita, no máximo, três vezes por dia. O tempo de ação dos repelentes a base de DEET recomendado para adultos (concentração de 15% do ativo), como os produtos OFF, Autan, Repelex, é de cerca de 6h. Já a versão infantil dura apenas duas horas.
Icaridin: por oferecer o período de ação mais prolongado, os repelentes a base de dietiltoluamida, como o produto Exposis, estão sendo os mais procurados por adultos e gestantes. Com duração de proteção de até 10 horas, também pode ser usado por crianças a partir de 2 anos.

Como usar

Além de observar as instruções de uso do fabricante, a Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda também os seguintes cuidados ao se fazer uso dos repelentes:
- evitar aplicação nas mãos das crianças;
- aplicar na pele por cima das roupas, nunca por baixo;
- o repelente deve ser aplicado 15 minutos após o uso de filtros solares, maquiagem e hidratante;
- não aplicar o produto próximo aos olhos, nariz ou boca e genitais;
- sempre lavar as mãos após aplicar o produto;
-  usar o produto no máximo três vezes ao dia;
- em caso de suspeita de qualquer reação adversa ou intoxicação, lavar a área exposta e, se necessário, procurar o serviço médico e levar a embalagem do repelente.
* De acordo com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

MASCARA CONDICIONADORA

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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Zika vírus: entenda a transmissão, os sintomas e a relação com microcefalia


Vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015.
Além de microcefalia, governo estuda possível relação com Guillain-Barré.

Aedes aegypti, que transmite dengue e chikungunya, também pode transmitir o zika vírus (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP)Aedes aegypti, que transmite dengue e chikungunya, também transmite o zika vírus (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP)
Identificado pela primeira vez no país em abril, o zika vírus tem provocado intensa mobilização das autoridades de saúde no país. Enquanto a doença costuma evoluir de forma benigna – com sintomas como febre, coceira e dores musculares – o que mais preocupa é a associação do vírus com outras doenças. O Ministério da Saúde já confirmou a relação do zika com a microcefalia e investiga uma possível relação com a síndrome de Guillain-Barré. Veja o que já se sabe sobre o vírus:
Como ocorre a transmissão?
Assim como os vírus da dengue e do chikungunya, o zika também é transmitido pelo mosquitoAedes aegypti.
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da doença provocada pelo zika vírus são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. O quadro de zika é muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo.
Como é o tratamento?
Não há vacina nem tratamento específico para a doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias.
Qual é a relação entre o zika e a microcefalia?
A relação entre zika e microcefalia foi confirmada pela primeira vez no mundo no fim de novembro pelo Ministério da Saúde brasileiro. A investigação ocorreu depois da constatação de um número muito elevado de casos em regiões que também tinham sido acometidas por casos de zika.
É preciso admitir que estamos enfrentando algo novo, que não conhecemos bem. O que sabemos é baseado em aspectos mais gerais e apoiado em experiências de outras doenças transmitidas por mosquitos"
Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia
A evidência crucial para determinar essa ligação foi um teste feito no Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde no Pará, que detectou a presença do vírus zika em amostras de sangue coletadas de um bebê que nasceu com microcefalia no Ceará e acabou morrendo.
Como a situação é muito recente, ainda não se sabe como o vírus atua no organismo humano, quais mecanismos levam à microcefalia e qual o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Segundo o Ministério da Saúde, as investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer essas questões.
Quais são as recomendações para mulheres grávidas?
O Ministério da Saúde orienta algumas medidas para mulheres grávidas ou com possibilidade de engravidar tendo em vista a ocorrência de casos de microcefalia relacionados ao zika vírus.
Uma delas é a proteção contra picadas de insetos: evitar horários e lugares com presença de mosquitos, usar roupas que protejam a maior parte do corpo, usar repelentes e permanecer em locais com barreiras para entrada de insetos como telas de proteção ou mosquiteiros.
É importante informar o médico sobre qualquer alteração em seu estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação. Um bom acompanhamento pré-natal é essencial e também pode ajudar a diminuir o risco de microcefalia.
Há risco de microcefalia se a mulher engravidar depois de se curar do zika?
Segundo o médico Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, o que se conhece sobre a relação entre o zika e a microcefalia é insuficiente para determinar se há risco de engravidar logo depois de se curar de uma infecção pelo zika vírus.
“O que se pode dizer, baseado em contextos gerais, é que parece que a viremia do zika é curta, ou seja, a pessoa infectada fica pouco tempo com o vírus circulando na corrente sanguínea.” Caso isso seja confirmado, é possível que não haja risco de gravidez logo após o fim da infecção, porém ainda é cedo para ter certeza.
Cláudio Maierovitch e Antônio Nardi, Ministério da Saúde (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)Cláudio Maierovitch (dir.) e Antônio Nardi (esq.), do Ministério da Saúde, anunciam novos casos de microcefalia relacionados ao zika vírus em coletiva esta semana (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Qual é a relação entre o zika e a síndrome de Guillain-Barré?
Alguns estados do Nordeste que tiveram a ocorrência do vírus zika têm observado um aumento incomum dos casos da síndrome de Guillain-Barré, como PernambucoBahiaPiauíSergipe,Rio Grande do Norte e Maranhão.
Trata-se de uma doença rara que afeta o sistema nervoso e que pode provocar fraqueza muscular e paralisia de braços, pernas, face e musculatura respiratória. Em 85% dos casos, há recuperação total da força muscular e sensibilidade. Ela pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum entre adultos mais velhos.
O Ministério da Saúde está investigando esses casos, mas até o momento não confirma a correlação. A pasta deve divulgar as conclusões desse estudo nas próximas semanas.
Especialistas afirmam que é muito provável que exista uma conexão. “Neste momento, temos que encarar que existe um indício forte de relação entre o zika e a síndrome de Guillain-Barré, mas para ter certeza absoluta precisamos de mais elementos e avaliar com mais profundidade os pacientes que desenvolveram a síndrome”, diz o médico Marcondes Cavalcante França Junior, coordenador do Departamento Científico de Neurogenética da Academia Brasileira de Neurologia.
Zika vírus (Foto: Reprodução / TV Globo)Infecção por zika vírus tem como sintoma erupções na pele e coceiras (Foto: Reprodução / TV Globo)
Há suspeita de associação do zika com outras doenças?
Até o momento, não há evidências de que o zika possa estar relacionado a outras doenças além da microcefalia e da possibilidade de conexão com a síndrome de Guillain-Barré.
O zika já provocou mortes no Brasil?
Até o momento, o Ministério da Saúde confirma três mortes relacionadas ao vírus zika. Um dos casos é o do bebê do Ceará que nasceu com microcefalia, cujas amostras de sangue serviram como evidência da relação entre o zika e a microcefalia. Outro caso é de um homem do Maranhão que também tinha lúpus. Houve ainda o caso de uma menina de 16 anos no Pará.
 
MICROCEFALIA
Alta de casos preocupa
Como é feito o diagnóstico de zika?
Ainda não há um teste padrão para diagnosticar a doença. “Como o zika é novo, não temos uma padronização nos testes. Para se ter certeza do diagnóstico, é preciso usar a técnica de PCR, que é complexa e não está disponível no mercado”, diz Rodrigo Stabeli, vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
No Brasil, somente três unidades da Fiocruz, além do Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, têm a capacidade de fazer esse exame. “Esses laboratórios têm a missão de desenvolver um método melhor de diagnóstico para suprir esse problema epidemiológico”, diz Stabeli.
Enquanto não existe um teste padrão, o diagnóstico nas regiões em que já se constatou a presença do vírus vem sendo feito por critérios clínicos.
Quais são as medidas de prevenção conhecidas?
Como o zika é transmitido pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito que transmite a dengue e o chikungunya, a prevenção segue as mesmas regras aplicadas a essas doenças. Evitar a água parada, que os mosquitos usam para se reproduzir, é a principal medida.
Em casa, é preciso eliminar a água parada em vasos, garrafas, pneus e outros objetos que possam acumular líquido. Colocar telas de proteção nas janelas e instalar mosquiteiros na cama também são medidas preventivas. Vale também usar repelentes e escolher roupas que diminuam a exposição da pele. Em caso da detecção de focos de mosquito que o morador não possa eliminar, é importante acionar a Secretaria Municipal de Saúde do município.
Por enquanto, não existe vacina capaz de prevenir a infecção pelo vírus zika.
Mosquitos Aedes aegypti, transmissor da dengue. doença, vetor, inseto, transmissores, contágio. -HN- (Foto: Fabio Motta/Estadão Conteúdo)Mosquito Aedes aegypti deve ser controlado como prevençao do zika (Foto: Fabio Motta/Estadão Conteúdo)
Qual é a diferença entre dengue, chikungunya e zika?
Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Zika e dengue são do gênero Flavivirus, já o chikunguna é do gênero Alphavirus. 
As doenças têm gravidades diferentes. A dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
O chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras.
Já a febre por zika vírus leva a sintomas que se limitam a no máximo 7 dias. Apesar de os sintomas serem mais leves do que os de dengue e chikungunya, a relação do vírus com a microcefalia e a possível ligação com a síndrome de Guillain-Barré tem trazido preocupação.
O Aedes aegypti pode transmitir mais de uma doença ao mesmo tempo?
Segundo estudos conduzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é possível que um mosquito transmita dengue e chikungunya ao mesmo tempo a um paciente. Ainda não há estudos, porém, que avaliem a possibilidade de o zika vírus ser transmitido simultaneamente aos outros dois vírus
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando a situação do zika?
Sim. A Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde emitiram umalerta mundial sobre a epidemia de zika vírus. Segundo a OMS, somente neste ano foram confirmados casos de zika em nove países das Américas. Brasil, Chile - na ilha de Páscoa -, Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.
Quando o zika foi identificado pela primeira vez?
O vírus foi identificado pela primeira vez em 1947 em um macaco rhesus na floresta Zika, da Uganda. No Brasil, ele foi identificado pela primeira vez em abril de 2015.

Fim de ano,tudo por você

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

TABAGISMO

Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco foi fundamental para reduzir o tabagismo no Brasil. Novos dados apontam que redução entre homens com menor instrução e mais jovens foi ainda maior
A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (CQCT) criada para conter a epidemia mundial do tabagismo comemora nesta quinta-feira (5/11) uma década de ratificação pelo Senado Federal. A ação tem garantido importantes avanços no combate ao tabaco no país que vem registrado uma expressiva redução de fumantes nos últimos 25 anos. O número de fumantes masculinos reduziu de 43,3% em 1989 para 18,9% em 2013. Entre as mulheres o índice caiu de 27% para 11% no mesmo período. 

Criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2003, a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) já foi ratificada por 180 países. No Brasil, ela é utilizada como mapa da Política Nacional de Controle do Tabaco (PNCT) e possibilitou ganhos significativos para a saúde pública no âmbito do controle do tabagismo. 

“No mundo inteiro o Brasil é referência pelo êxito nas  políticas de combate ao tabagismo. A redução do número de fumantes, quando já tivemos quase 40% de fumantes no país, é uma vitória que devemos comemorar, mas ao mesmo tempo nos deixa alertas para continuar na luta. Ser membro da Convenção-Quadro é um desafio, mas temos a certeza que essas diretrizes são fundamentais para avançarmos na qualidade de vida e longevidade da população”, avaliou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante cerimônia em comemoração aos 10 anos da Convenção-quadro, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 

Segundo análise recente feita pelo Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), em parceira com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a prevalência de fumantes de cigarros diminuiu no país entre 2008 e 2013. Entre os homens, o percentual de fumantes acima de 18 anos caiu de 22,8% em 2008 para 18,7% em 2013. Entre as mulheres, a redução foi de 13,8% para 10,8%.

O novo aspecto revelado pelo estudo, que destaca de forma positiva o Brasil na tendência mundial, se refere à redução do tabagismo entre homens com menos anos de instrução formal. Na maioria dos países, a redução do tabagismo é menor entre as pessoas com menos anos de escolaridade, por razões diversas, como uma maior dificuldade de acesso a informações e tratamento. Mas esta tendência não se confirma no Brasil, pelo menos entre os homens.

A taxa de cessação (percentual de pessoas que deixaram de fumar em relação aos que já fumaram) aumentou de 48,6% em 2008 para 53,8% em 2013 entre os homens com zero a sete anos de escolaridade. Neste mesmo período, a taxa ficou praticamente estável entre os homens com mais de oito anos de escolaridade: 52,2% (2008) e 52% (2013). Entre as mulheres de todas as idades e faixas de escolaridade, também não houve alteração significativa. 

O estudo apontou outra evolução positiva na população masculina: o aumento da taxa de cessação entre os homens com menos de 25 anos (24,8% em 2008 para 32,6% em 2013) foi muito maior do que entre os homens com mais de 25 anos (52,9% para 55,1%). A taxa absoluta de cessação continua a ser menor entre os jovens, o que é esperado, porque esse grupo começou a fumar recentemente e é mais resistente a abandonar o cigarro. 

O tabagismo continua a ser um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. Em 2011, o tabagismo foi responsável por 147 mil óbitos, 157,1 mil infartos agudos do miocárdio, 75,6 mil acidentes vasculares cerebrais e 63,7 mil diagnósticos de câncer. 

CONVENÇÃO-QUADRO – Primeiro tratado internacional de saúde pública sobre tabaco, a Convenção-Quadro para Controle do Tabaco foi adotada pela Assembleia Mundial da Saúde em 21 de maio de 2003. Desde então, é o tratado que agregou o maior número de adesões na história da Organização das Nações Unidas (ONU): 180 países até março de 2015.

O objetivo da CQCT é proteger as gerações presentes e futuras das consequências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas geradas pelo consumo e pela exposição à fumaça do tabaco. Só no século XX, o tabagismo foi responsável por 100 milhões de mortes. Considerada um marco histórico para a saúde pública mundial, a CQCT determina a adoção de medidas intersetoriais nas áreas de propaganda, publicidade, patrocínio, advertências sanitárias, tabagismo passivo, tratamento de fumantes, comércio ilegal e preços e impostos.
O Brasil participou ativamente do processo de elaboração da CQCT de 1999 a 2003 e ratificou o tratado em 5 de novembro de 2005. A CQCT norteia a Política Nacional de Controle do Tabaco (PNCT). Cabe à Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq) articular a organização e implementação de uma agenda governamental intersetorial para o cumprimento das obrigações previstas no tratado. A Conicq é integrada por ministérios, secretarias, Advocacia-Geral da União e Anvisa, sob a presidência do ministro da Saúde. O INCA é responsável pela secretaria-executiva da Conicq.
A Conferência das Partes (COP) é a instância deliberativa da CQCT. Nestes encontros, os países que ratificaram o tratado (Estados Partes) tomam decisões sobre aspectos técnicos, processuais e financeiros da implementação da CQCT. A COP 6 aconteceu em Moscou, na Rússia, em outubro de 2014, e a COP 7 está marcada para o último trimestre de 2016 na Índia.
Por Tatiana Escanho, do INCA
Atendimento à imprensa 
(21) 3207- 1400 / 1646

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

NOVEMBRO AZUL

Pesquisa internacional revela que os homens não dão importância aos sintomas de câncer de próstata. 

Cerca de 47% dos homens com a doença em estágio avançado desconhecem os sinais da doença.

Uma pesquisa realizada pela Coalizão Internacional para o Câncer de Próstata (IPCC, na sigla em inglês) divulgou que 47% dos homens com a doença em estágio avançado desconhecem e não dão importância aos sintomas. Ou seja, não comunicam aos médicos e perdem tempo para iniciar o tratamento e aumentar as chances de cura. O levantamento foi realizado com 900 pacientes e 360 cuidadores de 10 países (Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Holanda, Estados Unidos, Japão, Cingapura e Taiwan). 
De acordo com a ONG britânica Cancer Care, 1,1 milhão de homens são afetados pelo câncer de próstata e provoca 307 mil mortes no mundo todos os anos. A doença é a segunda neoplasia mais frequente em homens depois da de pulmão. O estudo revela que cerca de 10% dos pacientes chegam na consulta pela primeira vez com o tumor disseminado para outros órgãos. Por isso, diagnosticar a tempo a doença pode salvar milhares de vidas. 
Entretanto, detectar os sinais pode não ser tão simples, pois os sintomas não são específicos. Os mais comuns, de acordo com o estudo, são: cansaço (86% são afetados), dores nas costas (82%), dor generalizada (70%), fraqueza (67%) e dificuldade para dormir (62%), além da incontinência urinária. 
Cerca de 39% dos homens aguentam esses sinais sem recorrer aos médicos durante meses ou até mesmo um ano. Além disso, 34% acreditam que falar sobre sua dor faz com que se sintam fracos e 38% dizem que é difícil falar da dor na qual estão imersos. Já 57% afirmam que a dor ou o desconforto diário é algo que precisam aprender a conviver e 59% afirmam que não sabem se a dor está relacionada com o câncer. 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Novembro Azul


Vai começar! Campanha Novembro Azul: cuidar da saúde também é coisa de homem.

Idealizada pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida, o foco é para a conscientização e prevenção do câncer de próstata






O Instituto Lado a Lado pela Vida realiza, pelo quarto ano consecutivo, o Novembro Azul em todo Brasil. A campanha, idealizada pela instituição, é referência na missão de orientar a população masculina a cuidar melhor da saúde e procurar o médico com mais frequência. No ano passado, a mobilização para conscientizar sobre o câncer de próstata realizou mais de 1400 ações em todo o País, com a distribuição de cinco milhões de folhetos informativos em 23 Estados e no Distrito Federal.

Em 2015, centenas de ações ocorrerão em várias cidades do Brasil. Estão previstos Circuitos da Saúde, palestras em empresas para conscientizar os funcionários sobre a importância da prevenção, ações em estradas, estádios de futebol e locais públicos de grande circulação, além da iluminação de vários monumentos públicos de azul. Uma sessão solene será realizada no Congresso Nacional em homenagem à iniciativa do Instituto Lado a Lado Pela Vida, para celebrar a data e fomentar discussões para que a política de atenção à saúde do homem seja definitivamente implantada.

“Neste ano criamos um novo portal, o www.novembroazul.com.br, com um leque maior de informações e uma nova identidade visual. Queremos que o homem preste mais atenção à sua saúde e por isso teremos eventos e ações diversas para criarmos um forte impacto nesse público”, explica a presidente do Instituto Lado a Lado, Marlene Oliveira.

O Comitê Científico da campanha também cresceu e conta com especialistas em áreas diversas além da oncologia e urologia, como fisioterapeutas, nutricionistas e sexólogos para atender todas as dúvidas.

Haverá, ainda, uma série de vídeos educativos do Dr Dráuzio Varella, abordando o tema de forma clara e direta.

Sobre o Câncer de Próstata

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, de forma e tamanho semelhantes a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.

- Estatísticas

O câncer de próstata é o tumor mais frequente no sexo masculino, ficando atrás apenas dos tumores de pele, e o sexto tipo mais comum no mundo segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer).

A cada seis homens, um é portador da doença. A estimativa do INCA é de que, por ano, 69 mil novos casos sejam diagnosticados, um caso a cada 7,6 minutos.

- Diagnóstico

A doença pode demorar a se manifestar, exigindo exames preventivos constantes para não ser descoberta em estágio avançado e potencialmente fatal. Os exames consistem na dosagem sérica do PSA e no exame de toque retal, que são complementares, pois cerca de 20% dos casos não são detectados pelo PSA.

- Fatores de Risco

A recomendação é que homens a partir de 50 anos procurem um urologista para realizar os exames preventivos anualmente. Indivíduos com história familiar de câncer de próstata, da raça negra, sedentários e obesos devem iniciar a prevenção a partir dos 45 anos, pois possuem maior risco de desenvolver a doença.

- Prevenção

Quando diagnosticada precocemente as chances de cura da doença são de, aproximadamente, 90%.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Outubro Rosa


Mamografia - rastreamento e diagnóstico
O que é a mamografia e para o que ela serve? Ronaldo Correa, oncologista do Instituto Nacional do Câncer (INCA), fala um pouco sobre esse importante exame. #OutubroRosa.



quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Outubro Rosa

Outubro Rosa . Campanha de Prevenção ao Câncer de Mama

Especial Saúde - Câncer de Mama
O medo de descobrir uma doença muitas vezes é o pior vilão para a cura. Esse é um fator de extrema significação em casos como os de câncer de mama, tumor que segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), é causador de mais de 13 mil mortes no país todos os anos, e isso considerando apenas o sistema público de saúde. O oncologista Frederico de Castro Escaleira esclareceu dúvidas e alertou para a seguinte dica: a melhor maneira de se proteger contra o câncer de mama é a prevenção.
Escaleira explicou que a doença é mais comum em pessoas do sexo feminino, mas isso não significa imunidade dos homens. Além disso, ele lembrou que a classe de maior risco são mulheres com 60 ou mais anos, parcela que representa dois terços dos diagnósticos, contra apenas um terço para mulheres com idade inferior a 60 anos.
O oncologista destacou que a prevenção deve começar muito antes de se alcançar a idade de risco, uma vez que apesar das estatísticas, o tumor pode se manifestar em pessoas mais jovens. “O ideal é iniciar o autoexame a partir dos 35 anos e a mamografia aos 40 ou mais”, explicou, frisando ainda que a regularidade dos exames também é de extrema importância.
“Para o autoexame recomendamos que as mulheres marquem um dia do mês como uma data fixa desse procedimento. Já para a mamografia a frequência deve ser de dois em dois anos”, destacou.
Prevenção
O médico explicou que o aparecimento de algum nódulo não significa necessariamente a manifestação de um câncer. “É muito comum serem encontrados cistos, que são bolhas de água, mas não apresentam risco algum. Ainda assim, deve-se procurar o médico para a realização de exames mais específicos, afinal de contas não vale a pena ficar com a dúvida”, afirmou. Ele disse ainda que o autoexame é simples e pode ser feito durante o banho. “Basta que a mulher vá dedilhando com a ponta dos dedos ao redor das duas mamas”, explicou.
Escaleira destacou que o medo é o grande vilão quando se trata de câncer e que as mulheres devem saber driblá-lo. “Quanto antes o tumor for descoberto, maiores são as chances de cura. Diante disso, frisamos o quão importante é estar em dia e a par com a saúde e a realização dos exames”, destacou.
O médico também lembrou que o câncer é uma doença que pode acontecer por hereditariedade e, a partir disso, deu uma dica para as pessoas que já tiveram casos na família. “É importante que esse grupo de risco comece a realizar os exames de prevenção dez anos antes da idade com a qual a parente teve a doença. Por exemplo, uma mulher que teve uma tia ou prima com câncer de mama aos 40 anos deve começar a se examinar aos 30”, recomendou.
Tratamento
Segundo Escaleira, a primeira indicação após a constatação da doença é a cirurgia, que varia de caso para caso. “Se o tumor for pequeno e fatores como localização possibilitarem, faz-se a antrectomia, que é a retirada de apenas uma parte do seio. Já em casos mais elevados é necessário realizar a mastectomia, que é quando se retira a mama inteira”, explicou.
Ele ainda lembrou que o tratamento deve ser completado com quimioterapia, que protege de o tumor de reaparecer em outras partes da mama ou do corpo, como as axilas, primeiro local a ser atingido após o alastramento da doença. Outra opção que pode ser realizada simultaneamente ou alternadamente a esse tratamento é a radioterapia, que consiste na prevenção  para que o câncer não retorne para o mesmo local. Além disso, o especialista argumentou que existe o tratamento hormonal, realizado a partir de medicamentos que inibem os hormônios causadores do câncer.

Dr. Frederico de Castro Escaleira

  • Clínico Geral
  • Oncologista